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23.4.09

As primeiras palavras

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Quando chega aos 5 meses, o bebé começa a fazer bolhinhas, brincando com os lábios, e os sons que ele emite passam a se deslocar da garganta para a frente da boca. Isso é óbvio se lembrarmos que, nessa fase, o pequeno está experimentando a posição sentada, o que naturalmente se reflete na sua fala.

“Mamã e papá”
No máximo aos 8 ou 9 meses, todos os bebês já começaram a fase de balbucio. É delicioso ouvir suas tentativas de falar, que resultam em “dadadada” e “bababa”. Agora, os sons estão deixando de ser apenas uma fonte de sensações agradáveis e começam a ganhar significado, até que, num belo dia, por volta do primeiro aniversário, vem aquele tão esperado momento em que a criança solta um “mamã” ou “papá”. Pronto. Esse é o pontapé inicial de sua carreira de tagarela.

Mamã, papa, água e au-au. É tudo o que diz um bebê de 1 ano. Mas sua capacidade de compreensão vai além. Assim como nós, adultos, que temos em nossa massa cinzenta um vocabulário muito mais amplo e que não se restringe às palavras que usamos no dia-a-dia, os pequenos também entendem tudo, porém não falam quase nada. “Papá”, por exemplo, pode significar papá, comida ou sapato, dependendo da entonação. A criança sabe a diferença e muda o padrão melódico de acordo com a situação.



Desenvolvimento

Meu filho ainda não fala.

O que faço?

Uma criança não é igual à outra e isso vale para os irmãos também. As mamãs têm a mania de comparar o seu filho com a criança da vizinha.
Cada criança tem seu tempo e desenvolvimento próprio.
E isso vale para o início do desenvolvimento da fala.

Claro que se tem um tempo esperado para tudo. A criança pode iniciar as primeiras palavrinhas com nove meses ou um ano e meio. Uma criança que com dois anos não fala absolutamente nada necessita de uma avaliação fonoaudiológica e médica.

Mas por que ocorre esse atraso na fala?

São várias as razões, sendo que os maiores culpados são os próprios pais, que em muitas vezes excedem no mimo à criança, inibindo a evolução natural do pequeno.

Desde a barriga da mamã, o bebe já tem condições de ouvir. Então, falar com o bebe mesmo que este se encontre dentro da barriga da mamã já é um bom começo para o desenvolvimento da fala.

Para falar, o bebê precisa ouvir bem. Se há uma deficiência auditiva, o som que chega para o bebe é distorcido ou, se for uma deficiência auditiva profunda, o bebe nem ouve e por isso tem dificuldades de desenvolver a fala.

Desde o nascimento, preste atenção na audição do seu bee, verifique se ele se assusta com algum barulho repentino, como uma batida de porta ou alguém que entra a falar alto no seu quarto.

Quando mais velho, faça algum barulho na lateral da criança e veja se a criança tenta procurar de onde vem o barulho ou o chame, sussurrando, pelo nome para que ele a procure,caso isso aconteça,se vir que não ouve direito, procure um pediatra.

Se o bebe chora sem motivo, pode ser dor de ouvidos. Certifique-se levando o pequeno no pediatra. Infecções repetidas de ouvido podem levar a uma baixa na audição, atrasando o início da fala.

Proteção em excesso pode atrapalhar a fala

Outro fator de atraso no desenvolvimento da fala é o ambiente. Uma criança que convive na maior parte do seu tempo com adulto e esses adultos fazem tudo para a criança sem que ela precise pedir, como pegar um copo de água quando a criança aponta para o filtro, não tem necessidade de falar.

Os pais precisam entender a seguinte lição: a criança precisa sentir necessidade de falar. É um processo novo e difícil para a criança. Se ela aponta e tem o que quer na mão, sempre usará dessa atitude para conseguir o seu desejo e não será forçada a falar.

Escolinha ajuda, e muito, no processo de fala - O convívio com outras crianças como numa escolinha, faz com que a criança tenha que falar para que não seja “esquecida”. Se ela não se impuser, não vai conseguir muita coisa. E a estimulação de fala e linguagem que a criança terá com o convívio com outras crianças será imensa.

Outros fatores que podem atrasar o início da fala são as alterações neurológicas e anatómicas como a Paralisia Cerebral, Síndrome de Down e Fissuras lábio-palatinas (lábio leporino).
Nesses casos, conversas com o pediatra e outros profissionais devem ser realizadas para que a conduta e estimulação dessas crianças sejam orientadas o mais precocemente possível.

Mudanças repentinas podem atrasar ou mesmo fazer com que a fala regrida. A chegada de um irmãozinho ou a separação dos pais podem ser alguns dos motivos. Tente detectar o motivo da alteração emocional daquele momento e procure deixar seu filho seguro do amor que os pais tem por ele.

Em caso de dúvidas sobre o desenvolvimento da fala do seu filho, procure o pediatra ou o fonoaudiólogo para uma avaliação.